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13 de abril de 2012

O monge que roubou minha carteira

1. O Mundo
Criei uma analogia para explicar minha visão de mundo: o mundo é como um grande código de barras e nós, leitores de código. Quando passamos o olho, vemos os numerosinhos relativos ao código. Talvez o código de barras seja multicolorido, ou cheio de curvas. Mas nós fomos desenhados para ler somente os tais dos numerosinhos. Ou seja, somos limitados. Não existe nenhum motivo para não o sermos. Mas o código está lá. Não necessariamente físico, ou digital. Mas lógico. Resumindo, sou cético.

2. O Ateu
Amo o amor orgânico.
Choro a morte definitiva,
velo a alma inexistente.

Amo, choro e velo mais que tu.
E rio.

3. Paulo Coelho
Essa manhã, indo para o trabalho, vi um mendigo que ria com poucos dentes. Sentei ao seu lado e perguntei-lhe o que era felicidade. Ele me disse que felicidade era ter um grande bauru para jantar. Andei alguns metros e vi um empresário, perguntei-lhe o que era felicidade. Ele me disse que felicidade era autonomia, realização e propósito no ambiente de trabalho. Andei mais alguns metros e encontrei um atleta, felicidade, me disse, era vencer obstáculos, ultrapassar limites, atingir a perfeição do físico e do mental. Andando mais um pouco encontrei um monge, ele me disse que a felicidade não existia, que a vida era formada de sofrimento, e que a felicidade, como era vista no ocidente, era só mais uma transfiguração da dor. Que o que se deveria procurar na vida era libertação de toda forma de apego. Andei mais alguns metros e vi uma mãe que encostava a ponta de seu nariz na de seu filho. Ambos riam, e eu fiquei feliz.

3 comentários:

  1. Eu não entendi nada do primeiro tópico, mas achei tudo lindo. A parte do Paulo Coelho foi tu que escreveu ou foi Paulo Coelho?? Achei genial! =~~

    Saudade de tu, acho que poderíamos ter tido altas conversas mucho lokas sobre a vida quando tu tava por aqui, tá aí uma coisa que eu lamento não ter podido fazer mais vezes do que fiz. =/

    =****

    Nadia

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  2. ah e outra coisa: onde tá o monge que roubou tua carteira afinal de contas?! kkkkkkkkkkk

    tô me sentindo muito dã Leo, isso não se faz! haha

    Nadia

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  3. A pergunta que não quer calar: o monge roubou a carteira por ser hipócrita ou ele apenas queria te ensinar uma lição sobre o sofrimento?
    Isso aconteceu na Cidade Baixa? Se foi, talvez eu conheça esse monge.
    (Maldito blogger que não me deixa comentar com a conta do MondePois...)

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